1. Pequeno resumo.
"O filme relata a história do povoado de Javé, que será submersa pelas
águas de uma represa. E a única chance da cidade não sucumbir, é se
possuir um patrimônio histórico de valor científico. Os moradores de
Javé se reúnem e apontam as histórias que o povo conta como o único
patrimônio do povoado. Assim, decidem escrever um livro sobre as grandes
histórias do Vale do Javé, mas poucos da cidade sabe ler e escrever. O
mais esclarecido é o carteiro Antônio Bia, que se torna o responsável
por reunir as histórias sobre a origem de Javé.
A memória oral do povoado é ilustrada com muito humor e com ares bem nordestino."
http://pt.shvoong.com/humanities/1790640-narradores-jav%C3%A9/
2. Nível de linguagem: predomínio da linguagem não-padrão (popular).
3. Gênero literário: drama (comédia).
4. Gênero textual: filme.
5. Código linguístico utilizado:código verbal (fala), código não-verbal (imagem).
6. Variedade linguística: regionalismo (fala nordestina) + dialeto africano.
7. Tipo de texto: narrativo.
8. Mensagem do filme:
Embora a memória de um povo seja importante é necessário que seja registrada. Um povo necessita do conhecimento, da leitura e da escrita para exercer sua função social,ser respeitado e ter dignidade.
terça-feira, 27 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Olímpíada de Língua Portuguesa
Este ano tem Olimpíada de Língua Portuguesa. Para que os alunos se familiarizem com o gênero crônica nada melhor do que esta de Fernando Sabino, já que este gênero surge a partir de algum acontecimento no dia-a-dia de um escritor que tem perspicácia e habilidade para transformar um fato comum em um texto literário e este tema é super atual.
Conversinha Mineira
Fernando Sabino
- É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?
- Sei dizer não senhor: não tomo café.
- Você é dono do café, não sabe dizer?
- Ninguém tem reclamado dele não senhor.
- Então me dá café com leite, pão e manteiga.
- Café com leite só se for sem leite.
- Não tem leite?
- Hoje, não senhor.
- Por que hoje não?
- Porque hoje o leiteiro não veio.
- Ontem ele veio?
- Ontem não.
- Quando é que ele vem?
- Tem dia certo não senhor. Às vezes vem, às vezes não vem. Só que no dia que devia vir em geral não vem.
- Mas ali fora está escrito "Leiteria"!
- Ah, isso está, sim senhor.
- Quando é que tem leite?
- Quando o leiteiro vem.
- Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê?
- O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é feita a coalhada?
- Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite sem leite. Escuta uma coisa: como é que vai indo a política aqui na sua cidade?
- Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.
- E há quanto tempo o senhor mora aqui?
- Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um pouco menos.
- Já dava para saber como vai indo a situação, não acha?
- Ah, o senhor fala da situação? Dizem que vai bem.
- Para que Partido?
- Para todos os Partidos, parece.
- Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição aqui.
- Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros falam que outro. Nessa mexida...
- E o Prefeito?
- Que é que tem o Prefeito?
- Que tal o Prefeito daqui?
- O Prefeito? É tal e qual eles falam dele.
- Que é que falam dele?
- Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é Prefeito.
- Você, certamente, já tem candidato.
- Quem, eu? Estou esperando as plataformas.
- Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede, que história é essa?
- Aonde, ali? Ué, gente: penduraram isso aí...
Texto extraído do livro "A Mulher do Vizinho", Editora Sabiá - Rio de Janeiro, 1962, pág. 144.
Tudo Fernando Sabino em "Biografias".
http://www.releituras.com/fsabino_conversinha.asp
Conversinha Mineira
Fernando Sabino
- É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?
- Sei dizer não senhor: não tomo café.
- Você é dono do café, não sabe dizer?
- Ninguém tem reclamado dele não senhor.
- Então me dá café com leite, pão e manteiga.
- Café com leite só se for sem leite.
- Não tem leite?
- Hoje, não senhor.
- Por que hoje não?
- Porque hoje o leiteiro não veio.
- Ontem ele veio?
- Ontem não.
- Quando é que ele vem?
- Tem dia certo não senhor. Às vezes vem, às vezes não vem. Só que no dia que devia vir em geral não vem.
- Mas ali fora está escrito "Leiteria"!
- Ah, isso está, sim senhor.
- Quando é que tem leite?
- Quando o leiteiro vem.
- Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê?
- O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é feita a coalhada?
- Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite sem leite. Escuta uma coisa: como é que vai indo a política aqui na sua cidade?
- Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.
- E há quanto tempo o senhor mora aqui?
- Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um pouco menos.
- Já dava para saber como vai indo a situação, não acha?
- Ah, o senhor fala da situação? Dizem que vai bem.
- Para que Partido?
- Para todos os Partidos, parece.
- Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição aqui.
- Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros falam que outro. Nessa mexida...
- E o Prefeito?
- Que é que tem o Prefeito?
- Que tal o Prefeito daqui?
- O Prefeito? É tal e qual eles falam dele.
- Que é que falam dele?
- Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é Prefeito.
- Você, certamente, já tem candidato.
- Quem, eu? Estou esperando as plataformas.
- Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede, que história é essa?
- Aonde, ali? Ué, gente: penduraram isso aí...
Texto extraído do livro "A Mulher do Vizinho", Editora Sabiá - Rio de Janeiro, 1962, pág. 144.
Tudo Fernando Sabino em "Biografias".
http://www.releituras.com/fsabino_conversinha.asp
terça-feira, 6 de abril de 2010
Poesia
Sorria
Mandar você sorri é triste.
Fazer você sorri é lindo.
É maravilhoso quando você sorri sozinho.
É maravilhoso um coração apaixonado
Ver o sorrizo do amado.
Mais maravilhoso é quando me percebo sorrindo.
Patrick - 2002
Rose do mar
Dia de Sol
Beira do Mar
Pétalas de rosas a desmanchar
Seu sorriso encontar
Tudo que posso fazer é olhar
Porque quando percebo
É só um sonho
Que quer realizar.
Patrick - 2002
Mandar você sorri é triste.
Fazer você sorri é lindo.
É maravilhoso quando você sorri sozinho.
É maravilhoso um coração apaixonado
Ver o sorrizo do amado.
Mais maravilhoso é quando me percebo sorrindo.
Patrick - 2002
Rose do mar
Dia de Sol
Beira do Mar
Pétalas de rosas a desmanchar
Seu sorriso encontar
Tudo que posso fazer é olhar
Porque quando percebo
É só um sonho
Que quer realizar.
Patrick - 2002
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