Espaço sagrado
Morava em um sítio que havia um espaço enorme. Muitas árvores, com frutas que se podia escolher. Havia um lugar especial ao lado do sítio; era o nosso campinho de futebol. Não era muito grande. Dava pra jogar com cinco de cada lado. Tinha um golzinho pequeno. Não havia goleiro pelo fato de o gol não ter nem um metro. Tinha um valão atrás do sítio que rodeava quase todo o bairro. (O bairro Vila Esperança)
Era um belo dia, algumas pessoas da prefeitura estavam andando pelo bairro para conhecer melhor o lugar e trabalhar melhor no plano que a prefeitura havia determinado para aquele valão (limpeza)r. Começaram a limpeza alguns dia depois.
Quando chegou na parte do sítio em que eu morava, tiraram a lama e toda a sujeira que havia no valão e jogaram na parte de trás do sítio. Conforme iam tirando, iam precisando de mais espaço. Encheram o campo de lama.
À tarde, no horário de costume do jogo de futebol as pessoas começaram a chegar, viram aquela sujeira, apenas se lamentaram. Não podiam fazer nada para impedir aquele ato da prefeitura.
Hoje em dia o lugar do nosso jogo diário está cheio de lama seca e já está crescendo o mato.
O que resta é só o lamento.
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